Caspar D. Friedrich
“Os eruditos são aqueles que leram nos livros; mas os pensadores, os gênios, os iluminadores do mundo e os promotores do gênero humano são aqueles que leram diretamente no livro do mundo”. (Arthur Schopenhauer)
Artista germânico Romântico, adepto das pinturas de paisagens. Em suas paisagens o homem parece minúsculo diante de uma natureza magnífica e sombria. O homem se sente solitário e permanece isolado diante da grandiosidade da natureza:
Viajante acima do mar de névoas (1817-18) – Caspar David Friedrich:
O espírito do tempo (zeitgeist) que domina a obra de Friedrich é radicalmente romântico, o pintor apropria-se de cenas à luz da lua, lugares gelados, noites, lugares áridos e montanhas. Quando a figura humana aparece em seus quadros, costuma ter um caráter sombrio como cemitérios ou ruínas góticas:
O carvalho em ruínas (1829)- Caspar D. Friedrich
Crepúsculo no cemitério – Caspar D. Friedrich
Cemitêrio sob a neve (1826) – Caspar D. Friedrich
Paisagem com sepultura, caixão e coruja – Caspar D. Friedrich
Suas figuras humanas, pertencentes a burguesia, aparecem de costas para o observador do quadro e encobrindo o ponto de fuga das paisagens. Essa técnica nos oferece uma perspectiva de humanização diante da paisagem, ao enxergarmos nela uma força holística de fusão entre o homem e a natureza. Um equilíbrio do universo. Sua metafísica, chamada de metafísica da luz é influência do cristianismo neoplatônico. Nas suas pinturas convergem dualismos como o corpo e a alma, o plano terreno e o espiritual. Há um plano onde permanecem as pessoas (o terreno) e um plano divino (a paisagem). Algumas simbologias são constantes na obra de Friedrich:
A cor violeta: O contraste entre essa cor e a escuridão do fundo de suas paisagens, segundo alguns teóricos simboliza a luta de Friedrich contra a melancolia. Suspeita-se que o pintor era depressivo.
A cruz ao lado do Báltico (1815) – Caspar D. Friedrich
A experiência humana diante da natureza: Os germânicos acreditavam que essa experiência era divina, um acontecimento religioso.
Homem e mulher contemplando a lua – Caspar D. Friedrich
A base que assenta os humanos: Geralmente é uma rocha que representa a fé.
A lua crescente sobre o mar – Caspar D. Friedrich
A neve: Uma idéia de ressurreição ou uma aproximação da morte.
Mosteiro e cemitério na neve Caspar D. Friedrich
As montanhas: Representam a eternidade, uma esperança do ser humano.
Garganta rochosa (1822-23) – Caspar D. Friedrich
O caminho da vida: É representado através dos barcos que estão no mar, porém próximos ao porto, representam a morte.
As fases da vida – Caspar D. Friedrich
Mais obras: http://www.caspardavidfriedrich.org/
OI Helena
Caspar Friedrich é um dos pintores que mais gosto, e olha que gosto de muita gente. Tudo nele é romantismo e mistério. Místico.